Pelo nono trimestre seguido, vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo tem queda | 2T 2025
O mercado paulista de escritórios de alto padrão segue em um bom momento. Com absorção líquida de 91 mil m², a taxa de vacância na cidade atingiu 17,3% no segundo trimestre – nona queda consecutiva do índice, sendo o menor dos últimos cinco anos. O preço pedido segue em elevação, atingindo R$110/m² – aumento de 10% no último ano.
A região em destaque com relação às transações do período é o Centro. Para Rafael Calvo, diretor de Representação de Ocupantes da JLL, isso se deve à área estar próxima ao cobiçado eixo da Paulista e por apresentar bons empreendimentos. “Do total de metros quadrados locados, 26% se concentraram no Centro, no edifício Passeio Paulista. Essa é uma localidade desejada pelos ocupantes por ter boa infraestrutura de transporte e serviços”, avalia.
O estudo revela a tendência de absorções de grandes metragens. No acumulado do semestre, foram 22 transações acima dos 3 mil m² contra 10 no mesmo período do ano passado. Em contrapartida, a oferta de grandes lajes corporativas acima de 10 mil m² caiu de 17 para 10 edifícios no mesmo período. Regiões como Nova Faria Lima, Faria Lima e Itaim já não dispõem mais de áreas com essa dimensão. “Isso mostra que as empresas precisam programar com antecedência suas movimentações, uma vez que a disponibilidade desse tipo de espaço não é alta”, avalia Calvo.
Com 57% da absorção anual projetada já alcançada no primeiro semestre de 2025, o mercado corporativo de São Paulo caminha para estabelecer o recorde histórico de absorção bruta e a menor taxa de vacância em 13 anos. “A projeção é que a vacância termine o ano em torno de 16%”, aponta David Aguiar, analista de Pesquisa e Estratégia da JLL.