O mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo mantém trajetória positiva e caminha para registrar o recorde histórico de absorções e a menor taxa de vacância em 14 anos. O índice fechou o terceiro trimestre de 2025 em 16,2% – décima queda consecutiva. Em resposta à demanda, o preço pedido médio na cidade alcançou R$ 115/m², alta de 3,8% no trimestre e 14,9% em 12 meses.
“O movimento de ocupação tem mostrado consistência ao longo do ano e reforça a tendência de equilíbrio entre novos contratos e devoluções. Esse cenário, aliado à redução gradual da vacância, exige das empresas maior planejamento para garantir os espaços desejados”, afirma Yara Matsuyama, diretora de Locação de Escritórios da JLL.
No trimestre, a absorção bruta foi de 175 mil m², com 50 mil m² de absorção líquida. No acumulado de 2025, os resultados chegam a 524 mil m² de absorção bruta e 247 mil m² de líquida, o que representa 77% da projeção anual já concluída. Foram duas transações acima de 10 mil m² – Sesc, no Centro, e Arise Gaming, na Chácara Santo Antônio. No acumulado do ano, foram oito locações dessa magnitude, maior volume desde 2016. Eixos como Nova Faria Lima e Itaim já não dispõem mais de áreas com essa dimensão.
“A oferta de grandes lajes segue limitada e, em alguns submercados, praticamente esgotada. Esse é um fator que sustenta o avanço dos valores e aumenta a competitividade em regiões centrais”, completa Yara.
Com o resultado do trimestre, o mercado avança para entregar o melhor desempenho de absorção da série histórica, ao mesmo tempo em que consolida a tendência de queda da vacância no pós-pandemia.