Jornada da sustentabilidade: ser ambiental e socialmente correto é um caminho que começa com o primeiro passo

Práticas sustentáveis são, atualmente, prioridade para as empresas que desejam a perenidade dos seus negócios. Cada vez mais, os investidores, clientes, talentos e sociedade em geral dão valor para companhias que adotam ações responsáveis. Isso se dá pela crise ambiental, que se torna palpável pelos eventos climáticos extremos mais frequentes, e pela desigualdade social, evidenciada pelos efeitos da pandemia.

“Apesar da urgência do tema, não é da noite para o dia que a transformação acontece. A jornada da sustentabilidade é um longo percurso que começa com o primeiro passo e envolve uma mudança de visão. As empresas precisam se perguntar: como posso gerar lucro de maneira responsável?”, diz Luciana Arouca, diretora de Sustentabilidade da JLL. 

O mercado imobiliário é parte importante dessa discussão, pois é responsável por 40% das emissões globais de gases de efeito estufa. Assim, toda empresa que possui ativos físicos deve se preocupar em reduzir os seus impactos.

Ao iniciar a sua jornada da sustentabilidade, esteja preparado para percorrer a seguinte trajetória: 

Entenda em que ponto o seu negócio está, faça um diagnóstico da sua operação. Estabeleça indicadores e objetivos. Elabore um plano de ação com metas exequíveis. Trabalhe com prazos, prioridades e separe recursos para projetos de sustentabilidade.

Mapeie as ações mais fáceis, rápidas e baratas de serem implementadas e inicie já. Ao mesmo tempo, planeje desafios de longo prazo e identifique fontes de financiamento para estes projetos de maior porte. Dica: baseie suas ações nos resultados que deseja alcançar, não nos recursos disponíveis no momento.

Estabeleça métricas, acompanhe o desempenho continuamente e analise os dados. Escolher uma estrutura de relatório de sustentabilidade ajuda a orientar a coleta de informações e a comunicar os resultados para o mercado. E lembre-se: os dados precisam de confirmação – esta é uma medida para inibir práticas de greenwashing.

A tecnologia faz a conexão entre todos os passos anteriores: dá visibilidade ao plano e ao status das ações; faz a coleta, acompanhamento e análise dos dados; elabora relatórios; identifica oportunidades para melhoria de desempenho; e substitui pessoas em certos processos, diminuindo a incidência de erros por meio da automatização.

No Brasil, ainda não há regulamentação que obrigue as empresas a se comprometerem com a agenda ESG. Porém, observando mercados mais maduros, é de se esperar que, em algum momento, surja uma legislação específica sobre o tema. Dessa forma, há uma janela de oportunidade para as empresas iniciarem sua jornada da sustentabilidade com antecedência, diferenciando-se dos seus concorrentes futuramente. 

“Sustentabilidade não é modismo, a JLL tem uma área de Pesquisa parruda que confirma isso. A agenda ESG tem a ver com meio ambiente, mas também com o negócio em si, com eficiência operacional, com gerenciamento de riscos, com a força de trabalho, principalmente os millennials, essa geração mais consciente que busca trabalhar com propósito e traz à tona essa preocupação também na hora de consumir. Enfim, na luta por talentos e por clientes, a empresa que se destaca em ESG sai na frente”, destaca Luciana.