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A JLL realizou um amplo e completo levantamento do mercado de escritórios em São Paulo, com análises de especialistas, que traz padrões e tendências na performance de imóveis, gerando mais precisão nas projeções e mais acuracidade para investimentos imobiliários. O Estudo de Absorção de Escritórios, realizado pela área de Pesquisa e Estratégia da JLL, analisa a média de ocupação dos diferentes imóveis comerciais na cidade de São Paulo entregues após 2013 e permite medir a velocidade de absorção dos edifícios analisados, ou seja, o tempo que um empreendimento levou, em média, para estar ocupado após o seu lançamento e seu nível de vacância residual. 

Para isso, os edifícios foram reunidos em grupos de acordo com as características: macrorregião, classificação, ano de lançamento e distância do cruzamento das avenidas Faria Lima com Juscelino Kubitschek. Foram analisados 165 edifícios corporativos de classes AA, A e B, entregues em 14 regiões da cidade. A partir das análises, é possível saber como a absorção se comportou em diferentes recortes, como região e tipo de empreendimento.

“É um estudo valioso na medida em que se propõe a analisar o ciclo de ocupação dos empreendimentos nos seus anos iniciais, ao longo de uma década. Porém, em 2020 e 2021, fomos surpreendidos pela pandemia de COVID-19, que impacta as análises por ser um acontecimento pontual e imprevisível, que afetou o comportamento do mercado até então e, inclusive, gerou novas tendências”, afirma Yara Matsuyama, diretora de Locação na Divisão de Escritórios da JLL.

A seguir, confira os destaques do estudo.

Principais regiões

Desde 2013, por meio de incentivos do governo e um esgotamento de áreas disponíveis na região da Faria Lima, a Berrini/Chucri se apresentou como a região mais atraente para lançamentos de novos empreendimentos, com 917 mil m², uma área mais de três vezes maior em relação à segunda região que mais recebeu estoque, a Faria Lima.

O maior adensamento, no entanto, encontra-se na região da JK, que, com 209 mil m² entregues nos últimos 10 anos, apresentou um adensamento de 541 m² para 1.000 m² de área geográfica. Isso pode explicar, em parte, os problemas de tráfego encontrados nessa localidade durante os dias de semana.

Edifícios na região da Vila Olímpia, em São Paulo

Perfil dos imóveis

Berrini/Chucri é a região com a maior quantidade de grandes lajes e empreendimentos de alto padrão, seguida por Faria Lima e JK. Nos Jardins, por outro lado, ocorreram muitas entregas de menor tamanho (até 10 mil m²).

Curva de absorção

Algumas regiões tiveram comportamento semelhante nesse quesito, como Faria Lima e Jardins, que apresentaram uma ocupação média inicial levemente acima dos 40%, posteriormente alcançando um platô muito próximo aos 100% de ocupação. Berrini/Chucri apresenta uma ocupação inicial baixa e uma curva de crescimento menos acelerada, com uma vacância residual maior que as demais, entre 10% e 20%.

Absorção no eixo Faria Lima x JK

O estudo considera esse cruzamento porque ele apresenta o preço por m² mais caro da cidade e o maior adensamento nos últimos 10 anos. Segundo os dados, após dois anos da entrega do empreendimento, quanto mais perto do eixo, maior a taxa de ocupação dos edifícios. Em contrapartida, quanto mais distante do eixo, maior a taxa de vacância.

Absorção por classe

Prédios de classes A e B detêm uma performance muito parecida, apresentando velocidade de absorção similar após o lançamento e atingindo uma vacância residual próxima, por volta de 85%. Já os prédios de classe AA, apesar de possuírem uma curva de absorção semelhante, atingem uma ocupação média maior, próxima dos 90%.

Além disso, algumas classes podem ter desempenho melhor, dependendo da região. Prédios AA apresentam melhor performance nas regiões da JK e Vila Olímpia. Edifícios de classe A têm bom desempenho na Faria Lima, próximo aos 100% de ocupação após três anos de sua entrega. Para edifícios de classe B, a região dos Jardins apresenta a curva de absorção mais forte, com prédios desse perfil alcançando um nível de ocupação muito próximo a 100% quatro anos após o lançamento.

“O estudo evidencia que o tempo da construção, a região e o tipo de empreendimento são fatores extremamente importantes na hora de se avaliar o investimento em ativos e projetar o fluxo de caixa dos novos empreendimentos. Uma assessoria especializada e com o conhecimento de mercado da JLL garante que o empreendimento alcançará seu potencial máximo”, afirma Caio Maia, líder da área de Pesquisa e Estratégia da JLL e responsável pelo estudo.