Data center para o setor de healthcare é decisão estratégica

O volume de dados gerados no setor de healthcare cresce a cada dia, na medida em que avança a digitalização na saúde. São dados administrativos, registros de pacientes, resultados clínicos, diagnósticos por imagem, ensaios clínicos e pesquisas de saúde – informações pessoais, sensíveis e protegidas pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Para garantir a segurança e a disponibilidade dos dados, empresas do setor de saúde estão buscando soluções terceirizadas de data center, com operadores especializados.

Mais do que uma questão crítica para as empresas de saúde, essa é também uma decisão estratégica. O avanço da Inteligência Artificial (IA) na saúde vai ampliar ainda mais a demanda por data center. Ela já é utilizada para o atendimento via telemedicina, geração de laudos de exames, análise preditiva para medicina preventiva e até para diagnósticos mais precisos a partir da análise de grandes volumes de dados. Não é exagero dizer que, daqui em diante, a IA vai desempenhar papel fundamental em todos os processos de cuidados à saúde.

A IA exige maior capacidade da infraestrutura tecnológica por haver uma transferência mais intensa dos dados. Ela transforma o design das instalações e também eleva o consumo de energia, pressionando os data centers a serem mais sustentáveis. A adoção da IA e a procura por sustentabilidade são tendências do setor de healthcare, segundo o estudo Perspectiva global para o setor de Saúde 2024, da Deloitte.

“As empresas de healthcare no Brasil estão nesse momento de transformação digital. Por questão de custos e de segurança, é melhor centralizar o tratamento dos dados em um local que já segue os padrões de segurança, ou seja, um data center terceirizado, conhecido como colocation, do que investir em estrutura própria”, diz Bruno Porto, Gerente de Negócios Imobiliários de Industrial, Logística e Data Center da JLL.

Com um data center especializado, as empresas de healthcare garantem alta disponibilidade e capacidade de recuperação das aplicações e sistemas de TI quando necessário, em um ambiente ajustado às necessidades de negócio e em conformidade com as principais normas e regulamentações da área. Assim, as empresas conseguem provisionar novos projetos de TI com mais agilidade e evitam perdas financeiras por multas por não atenderem à legislação. 

Hospitais, clínicas e demais serviços de saúde coletam informações como estilo de vida, vícios, condições de saúde, dados genéticos, entre outras, que fazem parte do grupo de dados sensíveis da LGPD. É responsabilidade da própria organização garantir a segurança dos dados dos pacientes e evitar o acesso de pessoas não autorizadas. 

O não cumprimento da LGPD pode acarretar graves sanções administrativas e judiciais. Em casos mais leves, o descumprimento das normas pode ocasionar advertências, mas, descumprimentos graves, como vazamento de dados médicos, podem levar a multas pesadas e, em último caso, à suspensão das atividades.

Para além da questão legal, o vazamento de dados hospitalares pode comprometer a relação com os pacientes, a reputação do negócio, os processos e a gestão da empresa como um todo. Outros prejuízos, fora as punições da LGPD, podem advir do pagamento de indenizações aos pacientes que moverem processos judiciais.

“O processamento e o armazenamento dos dados em data center não só fortalece a segurança das informações, como também minimiza consideravelmente o risco de perdas de dados e financeiras, trazendo mais proteção aos processos e à operação como um todo”, afirma Porto.

A JLL é especialista em prover soluções imobiliárias corporativas e isso inclui a busca e a negociação de data centers. A equipe especializada da JLL tem acesso a todos os operadores de data centers, realiza pesquisas de custos, compara concorrentes, visita o local, recomenda a melhor proposta e faz a negociação, buscando o melhor contrato possível para o cliente.

“Contar com um parceiro especializado como a JLL, com conhecimento técnico e de negócios, traz agilidade à busca por data center, pois sabemos quais empresas contatar, o formato de negociação, enfim, detalhes que aceleram o processo. Se a consulta começa com os dados errados ou a solicitação de proposta não vai com o escopo bem definido, a tendência é não receber um preço tão apurado, ter de refazer esta etapa ou, até mesmo, acabar fechando um contrato com custo bem acima do praticado. Além disso, quando os proprietários negociam com especialistas imobiliários, eles são mais flexíveis, pois sabem que estão diante de quem conhece o mercado, o que ajuda a conseguir melhores condições contratuais”, indica o especialista da JLL.