Avenida Rebouças se consolida como novo eixo corporativo em São Paulo

A Avenida Rebouças, que conecta dois dos principais polos de escritórios de São Paulo – as Avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima – vem se firmando como um dos endereços corporativos mais relevantes da cidade. Com 51.825 m² de estoque atual, a região registrou uma expressiva redução na taxa de vacância: de 29,9% no primeiro trimestre de 2025 para 14,8% no segundo trimestre, ou seja, uma queda pela metade em apenas três meses, segundo dados da JLL.

Para Yara Matsuyama, diretora de Locação de Escritórios da JLL, esse movimento reflete a força da demanda, especialmente com o retorno ao trabalho presencial, e a qualidade dos empreendimentos disponíveis.

“A Rebouças se consolidou como uma região competitiva, impulsionada tanto pelo transbordo de demanda da Faria Lima e da Paulista, que também apresentam taxa de vacância baixa, quanto pela oferta de edifícios novos e modernos”, explica.

A tendência é que o cenário de baixa vacância se mantenha. Há previsão de novo estoque apenas para 2026 e 2027, com a entrega de dois edifícios que adicionarão 45.247 m² (aumento de 87%), porém um deles já está pré-locado.

“A região caiu no gosto das empresas pela sua infraestrutura robusta, ampla oferta de serviços e conectividade por diferentes vias e modais de transporte. Essa combinação fortalece a atratividade do eixo para companhias de diferentes perfis”, avalia Yara.

Além da absorção acelerada, os preços na Rebouças também acompanham o movimento positivo. O valor médio pedido por aluguel subiu 10% em um ano, passando de R$ 145,92/m² no terceiro trimestre de 2024 para R$ 160,47/m² no segundo trimestre de 2025.

Entre o perfil de ocupantes, destacam-se empresas do setor financeiro, que representam 34% da área ocupada, seguidas por serviços digitais (31%), fumo (14%) e coworkings (7%).

O bom desempenho da Rebouças também deve beneficiar os bairros vizinhos, como Pinheiros/Vila Madalena e Jardins, que oferecem valores próximos: R$ 146,23/m² em Pinheiros/Vila Madalena e R$ 166,92/m² nos Jardins.

“Nesse ritmo de absorção elevada, vacância em queda e aluguéis em valorização, é natural que áreas vizinhas se tornem alternativas para empresas que buscam localização estratégica com custos competitivos”, conclui Yara.