JLL e AON apresentam estudo “Novos Modelos de Trabalho - Empresas e Colaboradores em Portugal”

A consultora imobiliária JLL e a AON, empresa líder mundial de serviços profissionais nas áreas de risco, reforma e saúde e pessoas, apresentam o seu estudo “Novos Modelos de Trabalho - Empresas e Colaboradores em Portugal”.

O objetivo deste estudo é analisar os novos modelos de trabalho e as tendências futuras, considerando a aceitação das pessoas e as mudanças nos espaços de trabalho. Isso ocorre num momento em que muitas empresas já estabeleceram as suas políticas nesse sentido.

Para atingir esses objetivos, foram desenvolvidos dois questionários: um dirigido às próprias empresas e outro aos seus colaboradores. Esses questionários têm como finalidade obter um maior conhecimento das perceções das empresas e dos colaboradores em relação às políticas de trabalho implementadas.

Neste estudo, participaram mais de 200 empresas que operam no mercado nacional, com representação de 80% do PSI-20, sendo que 70% delas são multinacionais. Essas empresas pertencem a 17 setores de atividade diferentes. Além disso, foi constatado que 58% das empresas têm mais de 300 colaboradores. Esses dados refletem a diversidade e o alcance do estudo, fornecendo uma visão abrangente do panorama das empresas participantes.

O questionário realizado às empresas revela que 90% oferecem medidas de flexibilidade no trabalho, sendo que 89% incluem flexibilidade de horário, o que demonstra uma tendência de adaptação a novos modelos de trabalho. Em 30% das empresas analisadas, as políticas flexíveis de trabalho aplicam-se à totalidade dos colaboradores. Os dados do estudo revelam que os Novos Modelos de Trabalho têm um impacto positivo, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos colaboradores, bem como ao recrutamento e retenção de talentos nas empresas.

A maioria das empresas (99%) sentem que as expectativas dos colaboradores foram satisfeitas em relação à oferta de medidas de flexibilidade, indicando um bom alinhamento entre as necessidades dos colaboradores e as políticas implementadas.

Mais de metade dos colaboradores (65%) consideram que a existência de políticas de trabalho flexível tem "muita importância" na sua decisão de mudar de emprego. Cerca de 37% afirmam que recusariam ofertas de emprego em empresas sem políticas de trabalho flexíveis, mesmo que as condições salariais fossem melhores.

Apesar da implementação de medidas de trabalho remoto, 95% das empresas acreditam que o escritório continuará a ser importante para seu futuro e 72% consideram que o seu escritório está preparado para Novos Modelos de Trabalho. No entanto, 60% das empresas preveem alterar a configuração ou relocalizar os seus escritórios nos próximos 5 anos, refletindo uma procura por ambientes de trabalho mais adaptáveis e eficientes.

Entre as melhorias sugeridas pelos colaboradores estão o foco no aumento do work-life balance, a implementação da semana de 4 dias de trabalho e aumento da flexibilidade, tanto no local de trabalho como nos horários.

Este estudo conclui que 66% dos colaboradores sentem-se mais produtivos com os novos modelos de trabalho, indicando que a flexibilidade pode contribuir para um aumento da eficiência.

Caetano de Bragança, Head of Workplace Strategy da JLL Portugal, comenta “Os dados apresentados neste estudo demonstram claramente que os modelos e os espaços de trabalho tradicionais estão em profunda transformação. Os novos espaços de trabalho devem contribuir para o bem-estar dos colaboradores, criar um sentimento novo de pertença e cultura, promover a comunicação e a colaboração, por forma a impulsionar a inovação dessas empresas, pois somente através da inovação elas conseguirão evoluir de forma sustentável”, Caetano acrescenta “Neste estudo confirmou-se que novos modelos de trabalho e a tecnologia mudam o uso dos espaços, de algo mais funcional para algo mais relacional. Esta constatação permitirá que as empresas reinventem os locais de trabalho por forma a que estes sejam locais que aceleram relações, que são o espelho da sua cultura e propósito. Assim 60% das empresas acredita que nos próximos 5 anos os seus escritórios serão sujeitos a alterações, para se adaptarem a estas novas tendências”.

Nuno Abreu, Diretor AON HR Solutions, refere que “A aceleração na experiência de trabalho remoto, a que temos assistido nestes dois últimos anos, destacou novas formas de produtividade e de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Este estudo vem demonstrar que os benefícios dos colaboradores estão a ser adaptados para se adequar a um novo contexto de trabalho. Há um foco significativo no bem-estar dos colaboradores, especialmente no reforço da saúde mental, na proteção da saúde e no investimento nas condições de trabalho em home office.”