JLL estreia-se no mercado residencial de maior crescimento no país: venda de casas na Madeira cresce 48% em quatro anos

A JLL acaba de chegar à Madeira, um mercado que promete ser um destino incontornável na rota do investimento imobiliário global. A consultora imobiliária inaugura hoje o seu primeiro espaço na região e assinala ainda a ocasião com a conferência Why Madeira, onde dá a conhecer os principais indicadores de desempenho do imobiliário na região e os fatores que a colocam no mapa do investimento imobiliário quer de portugueses quer de estrangeiros.

Um alvo natural na rota de expansão da consultora imobiliária em Portugal, a Madeira despertou um interesse acrescido na JLL pelo seu potencial crescimento, afirmando-se como o mercado residencial com maior índice de crescimento no país quer em número de transações quer em volume de vendas. De acordo com os dados do INE-Instituto Nacional de Estatística, o mercado habitacional da região transacionou 4.150 casas em 2022, num crescimento de 48% face às 2.800 vendas de 2019. Neste período de quatro anos, o mercado duplicou em termos de investimento atraído (+116%), passando de um valor de €369,4 milhões para os atuais €841,4 milhões. A Madeira supera, assim, o crescimento de qualquer das restantes regiões do país, bem como da média nacional. No mesmo período, o mercado residencial português cresceu 8% em número de casas vendidas e 41% em capital investido.

Para Joana Fonseca, Head of Strategic Consultancy & Research da JLL “a Madeira tem índices de crescimento acima de todas as outras regiões e supera em muito o ritmo médio do país. É um mercado que em quatro anos duplicou o seu valor, mas que ainda assim mantém uma quota de apenas 2% a 3% do mercado residencial nacional, pelo que tem um dos mais elevados potenciais de expansão. Tem ainda tem muito espaço para crescer, especialmente no segmento internacional. Não temos dúvidas de que a região vai ganhar espaço nas rotas de investimento imobiliário de todo o mundo, seguindo o percurso brilhante que sempre fez no turismo”.

Com um percurso de mais de 25 anos em Portugal, a consultora imobiliária global estreia-se neste mercado com a abertura de um espaço permanente de contacto com o público no Funchal, uma equipa dedicada de quatro pessoas e um portefólio de produtos imobiliários já em venda. O novo espaço reforça a rede de pontos de contacto da JLL com os seus clientes, que conta já com representações em Lisboa, Cascais, Oeiras, Porto, Comporta e Algarve.

Numa fase inicial, o principal foco da atividade na Madeira será o mercado residencial, para o qual a consultora disponibiliza um leque completo de serviços quer para quem pretende vender quer para quem pretende comprar ou arrendar casa, sejam promotores, construtores, investidores ou consumidores finais. A carteira de projetos em comercialização inclui já empreendimentos de prestígio como o Formosa Bay Pestana Residences & CR7, o Savoy Residences Monumentalis ou o Savoy Residence Insular.

Para Patrícia Barão, Head of Residential da JLL, “além de ser um destino turístico de excelência no panorama internacional, a Madeira é cada vez mais procurada por estrangeiros e continentais para comprar casa ou investir em projetos imobiliários, quer para primeira quer para segunda habitação. Isso mesmo é patente no ritmo de crescimento do mercado, que contrasta com os padrões das outras regiões, conforme mostram os números também do último ano. Ao passo que as vendas de casas no país tiveram uma variação residual de 1% em 2022 face ao ano anterior, na Madeira aumentaram 16%. Nas outras regiões do país, as vendas cresceram no máximo 8% em termos anuais. Isto para dizer que a tendência de forte crescimento da região não é conjuntural e tem vindo a consolidar-se”.

Um dos principais impulsionadores da forte expansão do mercado da Madeira tem sido o segmento internacional. “Entre 2019 e 2022, os estrangeiros passaram de uma fatia de 4% para 9% das casas compradas no Arquipélago. Este é um segmento de mercado cujo valor investido aumentou seis vezes neste período, igualmente superando todas as outras regiões em ritmo de crescimento”, realça, por seu turno, Joana Fonseca.

Em 2022 os estrangeiros compraram cerca de 370 casas na Madeira, o equivalente a 9% das habitações transacionadas no mercado, investindo €124,2 milhões. Estes valores apresentam crescimentos de 200% e 500%, respetivamente, face à realidade do mesmo mercado em 2019, quando os estrangeiros adquiriram cerca de120 casas no valor de €20,5 milhões.

A dinâmica desta franja da procura espelha os movimentos demográficos, de entre os quais se destaca o forte aumento da população estrangeira residente na região. De acordo com os Censos 2021, na última década o número de residente estrangeiros na Madeira aumentou 25% para mais de 7.000 habitantes, de entre os quais se destacam os oriundos da Venezuela (29% do total estrangeiro), do Reino Unido (13%), do Brasil (10%) e da Alemanha (7%). No mesmo período, o universo populacional total decresceu 6%, levando os estrangeiros a reforçar a sua quota de2% para 3% da população residente no Arquipélago.

Além do bom desempenho de vendas, o mercado imobiliário da Madeira evidencia-se também pela sólida valorização, com o preço médio de venda das casas a situar-se em 2022 em €326.681, muito superior aos patamares inferiores a €200.000 que se observavam em início da década passado.

Para Patrícia Barão, esta evolução dos preços reflete “a crescente afirmação da região como destino internacional de investimento e a qualificação do produto que surge no mercado”, embora ressalte que, à semelhança do resto do país, este é um mercado em que “o ritmo de reposição de nova oferta permanece bastante inferior à capacidade da procura, com cerca de 4,6 casas vendidas por cada nova casa concluída nos últimos 10 anos. É por isso, essencial e urgente, que os promotores e investidores imobiliários apostem na Madeira, onde há uma imensa franja de procura nacional e internacional por satisfazer”.

Na conferência de estreia da JLL, a consultora evidenciou ainda os atributos desta região que nos últimos 8 anos foi considerada, ininterruptamente, o principal destino insular do mundo para o turismo pelos World Travel Award e que tem 19,4º de temperatura média ao longo do ano, além de excelentes equipamentos de ensino, saúde e lazer.

“Além da excelente relação qualidade/preço que os imóveis têm, a Madeira tem atributos cada vez mais valorizados por quem procura investir numa habitação, seja para segunda residência seja como investimento. A segurança, o clima ameno e estável, a pouca densidade populacional, além de um caráter cosmopolita e urbano que convive como uma envolvente natural de serra e mar, são apenas algumas dessas qualidades, as quais vão posicionar a ilha como um destino residencial tão bem cotado como o é no caso das rotas turísticas. Nós queremos contribuir ativamente para que tal aconteça e por isso estamos a apostar fortemente neste mercado”, termina Pedro Lancastre, CEO da consultora, também presente nesta conferência.