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Disputar a preferência do consumidor sempre foi um grande desafio para o setor de varejo. No mundo moderno, marcado por grande concorrência e onde as transformações ocorrem em alta velocidade, é ainda mais difícil. Afinal, hoje há grande variedade de escolha e fácil acesso à informação, o que tem tornado as pessoas cada vez mais exigentes, demandando das empresas incorporar novas tecnologias para otimizar a operação, oferecer mais conforto e melhorar a experiência de compra, além de cuidar de aspectos ambientais.

Investir no retrofit de lojas é, sem dúvida, um dos caminhos mais eficientes para as marcas se manterem competitivas e atraentes. Intervenção ampla e profunda, o retrofit é um conjunto de reformas que vão muito além de questões estéticas como modernização da fachada, do salão de vendas, das áreas de convivência e dos sanitários.

“Projetos de retrofit promovem uma extensa revitalização, agregam valor ao imóvel e prolongam sua vida útil, pois visam também melhorar a funcionalidade de sistemas elétricos, hidráulicos, HVAC e automação predial, além de incorporar novas tecnologias, em busca de eficiência energética, melhor desempenho do ponto de vista ambiental e adequação às necessidades contemporâneas”, explica Valesca Guimarães, diretora de Projetos e Obras da JLL.

É a oportunidade de atualizar a edificação de acordo com as normas de segurança e tecnologias mais recentes e com as demandas de ESG. Segundo o relatório The Greenest Building: Quantifying the Value of Building Reuse, do Preservation Green Lab, do National Trust, revitalizar um prédio existente é mais vantajoso do ponto de vista ambiental do que a construção de um novo edifício, mesmo que seja projetado com tecnologias avançadas.

Essa constatação é ainda mais relevante se considerarmos que o Project Drawdown, organização que se dedica a identificar e a avaliar soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e reverter o aquecimento global, estima que 99% dos 5,2 trilhões de quilômetros quadrados de edificações existentes no mundo não são sustentáveis.

Segundo Valesca, o retrofit é o momento ideal para redesenhar o layout a fim de privilegiar experiências imersivas e para a implementação de tecnologias inteligentes que monitoram o fluxo de clientes e permitem oferecer experiências personalizadas. Ao identificar a presença do consumidor no estabelecimento, é possível enviar ofertas especiais de acordo com seu histórico ou interesses.

Também é indicado aproveitar o retrofit para a integração de sistemas omnichannel que conectam lojas físicas às plataformas digitais. Afinal, o consumidor não aceita mais condições diferentes nos diversos canais de atendimento.

Planejamento é essencial

Para potencializar os resultados dos investimentos em retrofit, é importante que a empresa varejista conte com a assessoria de uma empresa experiente, capaz de contribuir no planejamento e na execução.

O retrofit pode ser realizado para melhorias do imóvel ou mudança de uso, de acordo com a estratégia ou o momento de renovação da empresa, seja rebranding, nova aquisição ou fusão, por exemplo. Pode ainda ser executado em qualquer etapa do ciclo imobiliário: aquisição, venda, devolução, mudança de uso etc.

Um planejamento amplo e detalhado permite conciliar a obra com o funcionamento do estabelecimento. De acordo com a experiência da equipe de Gestão de Projetos e Obras da JLL, é possível realizar a obra em fases, seguindo um cronograma eficiente e implementando isolamentos adequados para impactar o mínimo possível a experiência do usuário.

Um bom planejamento também é essencial nos casos em que é necessário fechar a loja durante a execução. “É preciso alinhar e organizar todo o andamento da obra, incluindo um bom plano de comunicação com todos os fornecedores e a implementação de um cronograma detalhado de cada etapa. Dessa forma, mitigamos a possibilidade de atrasos e riscos nas obras, reduzindo ao máximo o período de fechamento da loja”, afirma Valesca.