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O mercado brasileiro de condomínios logísticos de alto padrão manteve o ritmo de expansão no terceiro trimestre de 2025, impulsionado pela demanda contínua do varejo e do e-commerce. A taxa de vacância nacional permaneceu estável em 7,7%, enquanto a absorção líquida acumulada no ano alcançou 2,2 milhões de metros quadrados, refletindo a solidez da ocupação mesmo diante de um ciclo intenso de entregas. O preço pedido médio nacional foi de R$ 30,30/m², alta de 11% em 12 meses. Ao todo, foram entregues 2,1 milhões de metros quadrados de novo estoque em 2025, sendo 850 mil m² apenas no terceiro trimestre.

“O varejo e o e-commerce seguem como protagonistas das ocupações, favorecidos pela busca por ativos com melhor localização, padrão construtivo e capacidade logística. Mesmo com um volume expressivo de novos projetos, o mercado mantém bons níveis de atividade e uma vacância controlada”, afirma André Romano, gerente de Industrial, Logística e Data Center da JLL.

São Paulo segue como o principal motor do setor, com 225 mil m² de novo estoque no trimestre – 27% do total nacional – e 913 mil m² no acumulado do ano. No estado, a vacância caiu de 8,7% para 7,8% no trimestre, enquanto o preço pedido médio atingiu R$ 33,50/m², alta de 14% em 12 meses. Esse resultado está acima da média de crescimento do mercado nacional, distanciando-se também do comportamento dos índices inflacionários como IGPM, IPCA e INCC.

Regiões como Cajamar, Campinas e Guarulhos se destacaram em novas locações, impulsionadas por operações de grandes varejistas. A maior transação do trimestre foi realizada pela Shopee, que ocupou mais de 88 mil m² no GLP Bandeirantes I, em Cajamar. Mercado Livre, Correios e Grupo Chama Supermercados também contribuíram para o avanço da ocupação no estado.

Em outras praças relevantes, Minas Gerais registrou 113,6 mil m² de novos estoques e vacância de 7,6%, ainda abaixo do patamar de um ano atrás. Santa Catarina, por sua vez, recebeu 149,9 mil m² no trimestre e mantém uma das vacâncias mais baixas do país, em 5,5%. O período também marcou entregas no Distrito Federal, Bahia e Espírito Santo, reforçando a tendência de dispersão geográfica dos investimentos logísticos.